O câncer de pele consiste em um crescimento anormal e desordenado das células. O sinal de alerta mais comum sobre a sua existência são alterações na pele, tais como aspereza com fundo avermelhado, pequena lesão que não cicatriza, pequena elevação na pele que sangra com o toque da toalha ou uma pinta que aumenta seu tamanho ou cor.
Esse crescimento pode aparecer na pele de muitas maneiras. Precisamos estar atentos aos sinais (o que se vê) e aos sintomas (o que se sente) que apontam para os diversos tipos de câncer de pele. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares; o mais perigoso é o melanoma.
Três tipos de câncer de pele:
1. Carcinoma basocelular
O carcinoma basocelular representa 70% dos casos sendo mais comum em pessoas com idade acima de 40 anos com pele clara. Esse tipo de câncer de pele não produz metástase, mas pode comprometer os tecidos em seu entorno atingindo cartilagem e ossos. Sua ocorrência está associada à exposição solar acumulada durante a vida do indivíduo.
2. Carcinoma espinocelular
O segundo tipo mais comum é o carcinoma espinocelular. Esse tipo já pode se espalhar por meio de gânglios e pode provocar metástase. Entre as causas desse tipo de câncer de pele estão a exposição prolongada ao sol, principalmente sem proteção adequada, tabagismo (câncer de lábio), exposição a substâncias químicas com arsênio e alcatrão e, ainda, a alterações na imunidade.
3. Melanoma
O melanoma aparece com menor incidência estatística, mas é o mais perigoso para a saúde humana, com alto potencial de produzir metástase. Representa risco para a vida se não houver diagnóstico e tratamento precoces. Atinge mais comumente a pele clara e sensível iniciando geralmente, em uma pinta escura, podendo surgir também em pele sã.
O melanoma é uma doença curável quando detectada precocemente. Nos estágios avançados ele se espalha pelos linfonodos e órgãos internos e pode resultar em morte. As maiores taxas estimadas em homens e mulheres encontram-se na região Sul do Brasil.

A exposição excessiva à radiação ultravioleta, originada do sol ou de dispositivos de bronzeamento artificial, é a mais importante causa evitável de todos os cânceres de pele, incluindo o melanoma.
As pessoas que vivem perto do Equador, onde a luz do sol é mais intensa são mais propensos a desenvolver melanoma do que as de outras regiões. A exposição ao bronzeamento artificial aumenta o risco de melanoma, especialmente em mulheres com 45 anos ou menos.
Nem todos os melanomas são exclusivamente relacionados à exposição solar. Outras influências possíveis incluem fatores genéticos e deficiências do sistema imunológico.
Identificando o melanoma
O diagnóstico da doença deve ser feito pelo médico dermatologista e o paciente tem um papel importante no monitoramento contínuo dos sinais que surgem ou que se modificam em seu corpo.
Orientamos que as pessoas fiquem atentas ao “ABCDE do Melanoma”:
“A” de Assimetria – alguns melanomas malignos são assimétricos no estágio precoce. Já os sinais benignos, são redondos e simétricos.
“B” de Bordas – normalmente, os melanomas apresentam bordas irregulares. Os sinais comuns, pelo contrário, têm bordas lisas e regulares.
“C” de Cor – tons que variam entre castanho escuro e preto são, geralmente, o indício de um melanoma. Os sinais benignos apresentam, na maioria das vezes, só um tom de castanho.
“D” de Diâmetro – o melanoma tem, muitas vezes, diâmetro superior a 6 mm. Os sinais, na maioria dos casos são pequenos, não passando de 6 mm.
“E” de Evolução – observar uma evolução fora do comum, como coceira, aumento de tamanho ou sangramento.
Caso algum desses sinais estejam presentes na sua pele você deve procurar um dermatologista para estabelecimento do diagnóstico e tratamento.
Prevenção ao câncer de pele
Proteção solar é a maior defesa contra o câncer de pele. Deve-se evitar o sol ou expor-se usando filtro e roupas protetoras.
Como a principal causa evitável do câncer é a exposição excessiva à radiação solar, a melhor prevenção é restringir essa exposição para que ela seja de caráter temporário e cuidadoso, evitando os horários de sol mais forte de 10 às 16 horas.
A utilização de filtros solares com fator de proteção FPS 30 como rotina diária é altamente recomendável, assim como roupas, chapéus e óculos.
Debate-se hoje na mídia nacional os benefícios do sol, principalmente os ligados à produção de vitamina “D”. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD defende que a exposição cuidadosa ao sol, principalmente em um país ensolarado como o Brasil, já é suficiente para garantir os benefícios e que ultrapassar essa medida aumenta o risco de incidência do câncer de pele. A dosagem da Vitamina D no sangue leva o médico a suplementá-la quando apresentar níveis baixos e seu excesso é tão prejudicial quanto a sua falta.

A obtenção de vitamina D a partir de uma dieta equilibrada, que inclui alimentos ricos nesta vitamina e a exposição ao sol de forma controlada e saudável é a alternativa mais segura para usufruir dos benefícios do sol sem se expor aos riscos dos raios ultravioleta.
A receita dermatológica mais básica para uma pele saudável e com aspecto jovial, mesmo com o avançar da idade é: “Evite o EXCESSO de exposição solar!”
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